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VIVER

Envelhecimento ativo, oportunidades e desafios desse processo

Idosos compartilham suas rotinas e falam sobre os desafios de viver o envelhecimento de saudável

Vida longa

De acordo com os dados do último senso do IBGE em 2022, a expectativa de vida do brasileiro é de 77 anos, um aumento considerável se compararmos com o senso de 2010, onde a expectativa de vida era uma média de 73 anos. O aumento da longevidade no Brasil vem se dando ano após ano, isso porque o envelhecimento ativo está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas idosas. Envelhecer de forma saudável se tornou meta de grande parte dos brasileiros e a procura por hábitos saudáveis e que contribuam para a otimização desse processo está cada vez maior, diminuindo assim as limitações e dependências causadas pela idade.

 

Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa idosa, o envelhecimento ativo busca incentivar e impulsionar a manutenção cognitiva e funcional desses indivíduos em diversas áreas, a social, a cultural, a civil, a espiritual e a econômica. Embora o envelhecimento ativo aconteça de forma individual, ele atua de forma coletiva garantindo oportunidades e direitos em eixos de atuações indispensáveis, são eles: saúde, segurança, educação e participação.

Rotina diária

Para entender melhor e na prática este conceito, acompanhamos de perto a Dona Gracineide Lima, 70 anos, moradora da cidade de Horizonte, durante um dia, e olha, aja folego. Segundo a dona Graça, como ela gosta de ser chamada, ela só é idosa na idade, mas de coração ela se sente jovem, e procura levar a vida o mais leve possível. “Ser idoso já não é fácil, se a gente se deixar abater e ficar parado, só piora a situação, por isso eu levanto todo dia para escrever mais uma página da minha vida com muita alegria, enquanto deus permitir, eu vou levando.” afirmou ela.

Dona Graça é aposentada e nos contou sobre a sua rotina, ela disse que não faz nada de extraordinário, mas que são as coisas simples que a deixam feliz. O dia começa cedo, 5h da manhã, fazendo o próprio café da manhã, logo em seguida ela segue para uma prática esportiva leve, o lian cong, ela já realiza essa atividade há mais de 10 anos e diz que aproveita para ver os amigos e colocar os assuntos em dias. Ela também disse que gosta de arrumar as suas próprias coisas, e que tem uma pessoa que lhe ajuda, mas que ela acompanha de perto para tudo sair do jeitinho que ela gosta. Ela também participa de um coral, faz aula de dança, treino funcional, é a noiva da quadrilha junina e participa de oficinas e atividades culturais, e quando sobra tempo, ainda tira um cochilinho a tarde. Na hora de sair de casa, não pode faltar o baton e os brincos. “Eu gosto de andar arrumada, de me sentir bem, de olhar no espelho e me ver linda, nem que seja pra ficar na calçada de casa conversando com as vizinhas.” Disse ela dando risadas.

Dona Graça, é aposentada, ganha um salário mínimo e disse que nem sempre pode fazer tudo que quer devido as limitações financeiras, por isso, fica antenada nas redes sociais, buscando por programações gratuitas e participa de tudo que tem direito. Ao fazer esse relato, nossa entrevistada nos lembra que o processo do envelhecimento ativo não é igual para todos, escolaridade, gênero, idade, classe social e local de moradia interferem de forma direta, contribuindo ou não para o sucesso desse processo de envelhecimento. Por isso, para funcionar de forma efetiva e eficaz é necessário um esforço conjunto, idoso, família e políticas públicas na promoção de ações que estimulem a autonomia dessas pessoas, ofertando condições e cuidados básicos para que elas possam se sentir capazes de seguir uma rotina de vida tranquila, saudável e ativa, de acordo com as suas necessidades diárias.

Na vida real

Para garantir um envelhecimento ativo não precisa fazer mil e uma atividades e nem colocar a vida em risco em esportes radicais, mas, é importante seguir alguns passos básicos, ter uma alimentação saudável, realizar atividades físicas de acordo com a condição física de cada um, e manter o convívio social são elementos essenciais para atingir o objetivo. Muitos idosos se sentem mais uteis trabalhando diariamente, e quando se aposentam, muitas vezes procuram atividades extras para se manter ativo e para ajudar na renda.

 

No caso do seu Zilmar do Horizonte, 66 anos, natural de Horizonte, cidade situada há 40km da capital cearense, não foi diferente, professor a vida toda, ele dedicou a sua vida a ensinar poesia e cordel, atualmente, mesmo com limitações de saúde, Zilmar não se vê sem a sua viola e continua realizando apresentações e participando de feiras, oficinas e atividades onde ele possa levar seu oficio. “As vezes, a gente nem ganha nada, mas eu vou, pelo prazer de mostrar a minha arte, o que eu amo fazer... eu não sei fazer outra coisa, eu só sei fazer arte e cultura, e ensinar o que sei, eu quero deixar o meu legado e que outras pessoas venham depois de mim e espalhem poesia e arte também. Mas não é fácil fazer arte e muito menos quando a gente já é idoso, tem muito preconceito ainda. O mundo não foi feito para as nossas limitações, eu passo muito perrengue.” Disse ele.

O MFF desempenha um grande trabalho voltado a proteger, preservar e guardar acervos fotográficos de valor histórico e sociocultural

Função social

Outro ponto principal do MFF é sua função social para além do espaço expositivo. A instituição agrega os projetos "Museu na Comunidade" e "Museu no Interior", responsáveis por atuar em comunidades da capital e do interior (Maracanaú, Jericoacoara e Redenção).

A ideia é levar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade ao contato com a teoria e prática acerca da área da fotografia. As ações educativas fora da estrutura física do equipamento ganharam a parceria de iniciativas públicas e privadas. Além destes projetos, o equipamento realiza atividades com instituições como Apae, Iprede, Edisca, Associação Peter Pan e Lar Torres de Melo.

“Com o público dos nossos projetos sociais, a comunicação acontece de forma mais direta e com a presença dos nossos parceiros institucionais, como: as Secretarias de Educação, tanto da Prefeitura quanto do Estado; Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo; Instituto dos Cegos, entre outros”, comunicou Tomaz.

Faça um breve passeio virtual pelo MFF:

Serviço

Museu da Fotografia Fortaleza

Visitação: Rua Frederico Borges, 545, Varjota.

Funcionamento: Por causa da pandemia, a visitação presencial está temporariamente suspensa devido ao decreto estadual.

Contato: (85) 3017.3661.

Mais informações:

Instagram @museudafotografiafortaleza e site: www.museudafotografia.com.br

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